sábado, 4 de junho de 2011

6º fichamento

PRODUÇÃO  CIENTÍFICA  NA  ÁREA  DE 
ODONTOLOGIA PREVENTIVA  E  SOCIAL. 
BRASIL, 1986-1993
A produção científica brasileira na área de odontologia preventiva e social,
no período de 1986 a 1993, foi identificada e analisada com o objetivo de
verificar a hipótese de essa produção ter contemplado as temáticas relativas às
políticas de saúde  e ao  sistema de saúde, contribuindo assim para a
compreensão e superação dos problemas enfrentados pelo país no âmbito da
saúde bucal coletiva. A abordagem dessa produção foi feita através de artigos
publicados em revistas científicas brasileiras, dirigidas à odontologia ou à saúde
pública/coletiva  lato sensu, admitindo-se que tais artigos são indicadores da
referida produção. Realizou-se um  survey analítico através do qual foi possível
conhecer, dentre outros aspectos, a origem institucional dos autores, suas
titulações e preocupações temáticas, os tipos de pesquisas realizadas e as
modalidades de artigos delas decorrentes, bem como suas fontes de
financiamento. O período estudado abrangeu o intervalo entre a I e a II
Conferência Nacional de Saúde Bucal. Foram analisados 386 artigos, publicados
em 19 periódicos, por pelo menos 866 autores. Mais de três quartas partes dessa
produção teve origem na universidade pública.  RGO foi o periódico que mais
publicou nesta área, seguido pela  Revista da APCD. Dos textos, 56,7%
corresponderam a  artigos originais.  Revisões de literatura e ensaios somaram
30,3%. Mais da metade dos autores desenvolviam suas atividades no estado de
São Paulo. O sexo masculino predominou. Admite-se deficiência quantitativa no
conjunto da produção da área, a qual se situa em torno de no máximo 50% do
seu potencial. A   política de saúde foi tema específico em apenas 3 artigos
(0,8%) e sistema de saúde em 7 (1,8%). Tais resultados, modestíssimos e
indicativos de desinteresse e/ou dificuldades dos autores em abordá-los, levaram
à rejeição da hipótese, concluindo-se que, no crucial período histórico de
reconquista e consolidação das liberdades democráticas, a produção científica
odontológica não se ocupou devidamente das questões relacionadas às políticas
de saúde e ao sistema de saúde brasileiro.

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